As pessoas que (...) não querem ouvir falar em política, recusam-se a participar de atividades sociais que possam ter finalidade ou cunho político e afastam-se de tudo quanto lembre atividades políticas, mesmo tais pessoas, com seu isolamento e sua recusa, estão fazendo política, pois estão deixando que as coisas fiquem com estão e, portanto, que a política existente continue tal como é. O paradoxo, portanto, está em que, ao recusar a política, a apatia social também é a forma de fazer política, ainda que de forma passiva.
(Marilena Chauí. Convite à Filosofia, 13. ed. São Paulo: Ática, 2003. p. 348.)
Fonte: http://contextoshistoricos.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário